Você já ouviu falar em fisioterapia pélvica? A fisioterapia pélvica é a especialidade da fisioterapia que atua de forma preventiva ou na reabilitação dos distúrbios pélvicos que acometem a região genital. Os principais órgãos trabalhados são: bexiga, útero, reto e seus músculos, que tem a sustentação como função. “O processo é feito por meio de recursos terapêuticos manuais ou com aparelhos específicos que auxiliam no tratamento. Tendo como principal benefício a melhora ou manutenção da funcionalidade da região pélvica”, completa a fisioterapeuta, Alessandra Vilanova.
De acordo com Alessandra, a fisioterapia pélvica já funciona no mercado há 20 anos, porém é reconhecida como especialidade pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) há nove anos. Atualmente a especialidade é direcionada à saúde da mulher, mas alguns profissionais atendem os distúrbios geniturinários no público masculino e infantil, que também apresentam diversas disfunções pélvicas.
Com vasta experiência na área, a fisioterapeuta explica que as técnicas utilizadas são feitas por meio de aparelhos específicos para a região pélvica, como exercícios globais e de mobilidade pélvica, além de recursos manuais para o atendimento de mulheres na menopausa e gestantes. “Vale lembrar que as disfunções pélvicas acometem inúmeras pessoas. Isso interfere diretamente na qualidade de vida de cada uma delas”, reforçou Alessandra.
O paciente é encaminhado para a fisioterapia pélvica por diversas queixas, a mais comum e a incontinência urinária, porém existem outros problemas nessa região com inúmeras funções. Por exemplo, as disfunções sexuais como a dispareunia, que é a dor na região genital durante ou após o intercurso sexual. “O vaginismo, contração involuntária da musculatura vaginal, que ocasiona penetração dolorida ou não penetração durante a relação sexual, também é uma das patologias que tratamos em nosso dia a dia no consultório”,
Para ter acesso ao tratamento é ideal que se realize o acompanhamento médico com ginecologista, urologista, proctologista e até mesmo um clínico. Após avaliação médica e diagnóstico clínico, a paciente é encaminhada à fisioterapia. A partir daí, será feito o diagnóstico funcional e traçado o tratamento individual.