O Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado em 31 de maio, foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1987, com objetivo de conscientizar a população sobre os riscos que o hábito de fumar traz para a saúde. Por meio de cigarros, tabaco sem fumaça, dispositivos eletrônicos, o tabagismo se reinventa e continua a despertar o vício em pessoas no mundo todo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano, mais de 8 milhões de pessoas morrem devido aos impactos da indústria do tabaco.
Segundo a pneumologista, Fátima Amine, o tabagismo integra o grupo de transtornos mentais e comportamentais, devido ao uso de substâncias psicoativas. A médica também reforça que o tabagismo é reconhecido ainda como uma doença epidêmica, que causa dependência física e psicológica semelhante ao que ocorre com as outras drogas, como por exemplo, o álcool, cocaína, heroína, entre outras. “Essa dependência ocorre pela presença da nicotina que está presente nos produtos à base do tabaco, não necessariamente só o cigarro, mas também o ato de mascar o fumo ou tabaco, uso do cachimbo e charutos”, explicou.
Amine destacou que a dependência faz com que o fumante inale muitas substâncias tóxicas nocivas à saúde e leva ao pulmão a nicotina – que é cancerígena –, agrotóxicos, solvente, metais pesados (chumbo e o cádmio), entre outras. “Isso ocasiona irritações nos olhos, nariz e garganta, além de provocar outros efeitos, como a paralisação dos cílios dos brônquios, fazendo com que persista a tosse, produção excessiva do muco e falta de ar – em grande parte das vezes evoluindo para o câncer no pulmão”, afirmou.
Fátima Amine destacou ainda sobre o fumante passivo e ressaltou sobre os riscos do tabagismo em mulheres grávidas, que pode causar doenças respiratórias também no bebê. “Temos que citar o tabagismo passivo com o mesmo grau de prejuízos, lesões e doenças para as pessoas que vivem em ambiente fechados, como idosos e crianças. Crianças com asma podem ter tem exacerbação mais frequente de crises, irritações nos olhos, inflamação no ouvido, além de futuramente desenvolver pneumonias e bronquite crônica. Gestantes fumantes também prejudicam o bebê, que pode nascer com baixo peso e problemas respiratórios severos”, disse.
Tratamento gratuito: O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para quem quiser parar de fumar. No Pará, o atendimento é feito por meio do Centro de Referência em Abordagem e Tratamento do Fumante, vinculado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sespa), que fica na Av. Presidente Vargas, nº 513. Contatos: (91) 3242- 5645 ou e-mail: crtabagismo@yahoo.com.br. O Centro é coordenado por Fátima Amine e funciona no horário de funcionamento: segunda a sexta- feira, de 7h às 17h.